Atelier de Cenografia

Formadora: Marta Carreiras

 

 

 

Este atelier propõe um espaço de pesquisa e experimentação em torno do tema da Cenografia.

Dentro de um contexto de criação marcado pela prática artística desenvolvida pelo Teatro Meridional, trabalharemos a partir de diferentes impulsos, utilizando a escala real, num processo onde a reflexão teórica surge como consequência natural da observação e análise da prática. 

A qualidade do olhar, o vínculo da comunicação, a transformatividade e a escala são temáticas constantes a ser questionadas directamente no palco. 

Este formato de trabalho, que utiliza a escala real, uma sala de espectáculos e uma plateia, permite uma aproximação à realidade da profissão que dificilmente se consegue em contexto de aprendizagem, disponibilizando uma plataforma de experimentação orientada mas livre. 

 

 

 

 

Dias: 1 a 5 de Julho de 2014

Horário: 10h30 – 13h30 

Total horário: 15 horas

Nº máximo de participantes: 12

Público Alvo: Estudantes e profissionais de artes plásticas, design, artes cénicas e arquitectura.

Investimento: 75€ 

Nota: Os materiais a usar neste Atelier estão incluídos no custo de investimento.

Observação: O atelier só se concretizará com um limite mínimo de inscrições. Os candidatos serão contactados até ao dia 28 de Junho.

 

 

Ficha de Inscrição Aqui

NOTA: deve ser feito o download da ficha de inscrição e enviada para Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

 

 

 

Sobre a formadora:

 

Marta, 40 anos, Cenografia e Figurinos​

 

$    .Que nasceu no sitio certo, em Lisboa, da mãe certa e do pai certo.

      .Que a António Arroio foi um pilar, e que a sua mãe estava atenta e sabia que essa seria uma escolha que a filha agradeceria a vida toda.

.Que o Colégio Moderno, deixou algumas marcas, mas foi sobretudo importante para perceber o contraste da chegada à Escola António Arroio.

.De como foi feliz o dia, no ano de 1994 em que não entrou para Belas Artes e pôde desistir do IADE, pois tinha sido aceite numa escola estranha com bailarinos e músicos e atores todos a viver no mesmo edifício – Conservatório de Teatro na Rua dos Caetanos no Bairro Alto.

.E aquele outro dia em que uma senhora (que só depois veio a saber que era a Natália Luiza) entrou na sua aula, e disse:

.Quem é que quer trabalhar? - Ela levantou o braço, foi com a senhora e ainda hoje vai com ela sempre que ela a leva, mas agora já não levanta o braço. E foram juntas para o Teatro Universitário e depois um dia, algures em 1996, chegou com ela a uma companhia chamada Teatro Meridional e aí sim, aí é que a coisa se complicou porque sem saber ainda muitas coisas, mudou-se para lá e ainda hoje lá mora.

.Ao longo dos anos lembra-se de frases que se repetem como as do Miguel Seabra - “Ainda não é isso, continua a procurar..” e ela continua e continua sempre... E há muitas coisas que lhe foram dizendo os experientes que ela só percebeu muitos anos depois, outras que ainda está a tentar perceber hoje.

.Depois, ou ao mesmo tempo surge a família e os filhos que embora pequeninos já perceberam que isto do Teatro lhes tira muito tempo da mãe, dá-lhe muita canseira, não vai fazê-la rica mas prega-lhe um sorriso na cara que muito provavelmente tem a ver com felicidade.

.E foram muitos os grupos, as companhias, as pessoas, o Carlos do Rosário, a Ana Nave, o António Feio, o Pedro Sena Nunes, a Ana Rita Barata, a Truta, a Maria João Luís, a Núria Mencia, o José Peixoto, a Madalena Wallenstein, a Sofia de Portugal, a Marina Nabais, e o Nuno Pino Custódio, com quem trabalhou muito na sua Estação Teatral e com quem partilha as suas deliciosas teorias sobre o papel do Teatro na vida e da vida no Teatro.

.E com todos e cada um, procurou a linguagem singular de cada espectáculo, trabalhou em cumplicidade construindo também a identidade de cada objecto, e foi desenvolvendo para si própria, um olhar e um discurso sobre o Teatro, a comunicação e o papel que deve ocupar cada espaço cénico e figurino na dinâmica da cena.

.E como resistir àqueles que fazem tudo à nossa frente durante uma hora e tal e depois saímos dali maravilhados mas carregando uma inquietação enorme por não termos a menor ideia de como aquilo se faz, tipo Kike Diaz, ou Anne Teresa Keersmaeker, ou Pina Baush ou tanta gente....

.E depois de contar, são 77 espectáculos em 40 anos. Ela acha que tem muita sorte.

.Hoje faz parte da direção da APCEN- Associação Portuguesa de Cenografia

 

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