Programação
ANTÓNIO e ANTÓNIA
de João Pires
TM ACOLHIMENTO
Prod PLAYCompany
18 a 22 janeiro 2023
Qua - Sáb 21h00 | Dom 16h00
SINOPSE
Cinco Irmãs. Num cruzamento entre a realidade da família do criador e a ficção criada para servir às urgências do espetáculo acompanhamos cinco irmãs em festa para celebrar a vida e a morte como forma de renascimento.
Neste encontro vemos a diferença dos valores que lhes foram deixados. É questionado o conceito de amor de cada uma. O nosso conceito de amor não é a forma como olhamos os outros? Será que esse conceito não é profundamente influenciado pelo que é herdado? Será que esse conceito não é aquilo que a história fez dele? Não é sobre ele que nos movemos? Será que esse conceito é estanque? Neste espetáculo elas são capazes de rir delas mesmas, são capazes de se divertir juntas. Não é isso que é uma festa?
“O amor é a conceção que se tem do amor. Se fosse apenas
um sentimento, seria inútil pretender encontrar-lhe um estilo:
bastaria deixar falar o coração; mas ele é também uma fonte de
sensações e de estados de consciência, o que lhe confere uma
realidade histórica, já que tais estados e sensações podem
ampliar-se através das várias maneiras de ser e pode discutir-se
indefinidamente o que mais os favorece.”
Os Libertadores do Amor, Alexandrian
FICHA ARTÍSTICA
Texto e Criação | JOÃO PIRES
Com | DIANA SOUSA LARA, INÊS REALISTA, JOÃO PIRES, MARTA GIL, RITA CORREIA, e SANDRA SOUSA
Músicas Originais | ANDRÉ MENDES, FILIPA AZEVEDO e MURTA
Fotografias Promocionais e de Ensaio | FILIPA DÂMASO e MÁRIO PIRES
Vídeos Promocionais | FILIPA DÂMASO, JOÃO COROA JUSTINO, JOÃO PIRES
Produção | PLAYCompany
Cenografia e Figurinos | JOÃO PIRES e SANDRA SOUSA
Desenho de Luz e Operação | ALICE FERREIRA
Apoio à Criação | BRUNO MADEIRA, GUILHERME FÉLIX, VERA GROMICHO
Apoios | TEATRO MERIDIONAL, GRUPO SPORTIVO ADICENSE, NIX, LUSO, GREENPLOT, YVES ROCHER, LG PROBEAM, MOP, MCDONALDS – D. CARLOS I, DOMINOS, GOLENS
SOBRE O ESPETÁCULO
No México existe uma celebração designada como “Dia de los Muertos”. Uma festa alegre que tem a duração de três dias (31 de Outubro a 2 de Novembro), onde é feita uma celebração à memória e vida dos familiares que já faleceram.
Na necessidade de falar do ser humano será impossível não falar da vida em contraste com a morte, algo já falado por autores, como por exemplo Shakespeare, em várias das suas obras.
Neste espectáculo abordaremos a morte como celebração da vida. A relação do ser humano com a morte e com o amor designa muito daquilo que somos. Esta obra mostra-nos uma festa, em que cinco irmãs com uma educação similar, nos mostram as diferenças do que é herdado e a sua relação com a morte e com o amor. Seria impossível falar destes temas sem colocar na obra ligações familiares, somos compostos por aquilo que herdamos e aquilo que no futuro fazemos com isso.
Podemos ver por referências do tempo que as relações entre seres têm-se alterado, conforme as décadas vão passando. Podemos ver através da História que a figura da mulher e do homem numa relação e o seu posicionamento nas mesmas têm alterado conforme socialmente se vai considerando que é o mais aceitável. Este espectáculo não pretende dar respostas sobre quando era melhor as relações (se no passado ou no presente), mas sim que olhemos para nós e que façamos a reflexão daquilo que será o nosso posicionamento perante qualquer relação ou connosco mesmos. Com isto, poderemos tornar o mundo um lugar melhor para viver, pois a forma como olhamos para o amor é a mesma com que olhamos para o mundo.
Esta reflexão é feita através desta festa em que numa junção entre o teatro e o cinema assistimos a uma festa entre cinco irmãs que "celebram" por necessidade e na tentativa de protecção da irmã mais nova, o seu aniversário, mesmo que a mãe tenha morrido naquele dia.
São cinco discípulos que foram fruto de um amor do passado e que hoje criaram a sua relação com o amor e a morte: uns muito parecidos ao que lhes deixaram e outros nem tanto. Somos a responsabilidade do futuro e se existe possibilidade de não cometermos os mesmos erros do passado, podemos agir perante tal, mesmo que isso tenha sido a verdade do passado.
Este espectáculo foi criado através de uma residência artística em que tiveram como referência (através de algumas entrevistas) a família da parte materna do autor/criador, em que a morte da sua avó foi recente e foi possível fazer uma análise do amor e da morte. As personagens foram construídas através da observação dessas entrevistas e foi criada uma dinâmica muito profunda de forma a servir à obra do criador e à festa que este quis criar.
O espectáculo tem como título António e Antónia, pois estes eram os nomes dos avós maternos do criador e este espectáculo é dedicado a eles.
“ A vida não é a melhor coisa que temos: é a única.
Não temos outro brinquedo. É a vida ou nada. A morte
não é importante: é um instante, um acidente de percurso,
uma inevitabilidade. (…) Entre um nada e outro nada
acontece o milagre da nossa vida. É por isso que a vida é
tudo.”
No Passado e No Futuro Estamos Todos Mortos,
Miguel Esteves Cardoso
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA
M/14
DURAÇÃO
60 min
BILHETEIRA
91 999.doze.treze | Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.