Programação
ANTOLOGIA DE TEATRO GALEGO CONTEMPORÂNEO
pela Cena Lusófona
Lançamento de Livro - Entrada Livre
24 SET | 18:00 | sáb
Obra que reúne doze peças de doze dramaturgos/as da Galiza, numa edição bilingue (Português e Galego), publicada em dois volumes.
Para além de um ensaio introdutório assinado pela professora universitária Dolores Vilavedra, a Antologia inclui as obras “Um hotel de primeira sobre o rio”, de Xohana Torres, “O aniversário. Cerimónia de prantos e soluços”, de Euloxio R. Ruibal, “Dias sem glória”, de Roberto Vidal Bolaño, “Quando chega dezembro”, de Manuel Lourenzo, “As certezas de Ofélia”, de Luísa Villalta, “Lugar”, de Raúl Dans, “Footing”, de Gustavo Pernas Cora, “As do Peixe”, de Cándido Pazó, “Judite”, de Marcos Abalde Covelo, “Pó e Batom”, de Esther F. Carrodeguas, “Nome: Bonita”, de Vanesa Sotelo, e “Às sete da tarde, quando morrem as mães”, de AveLina Pérez.
A escolha, que cobre um período temporal entre meados do século XX e os dias de hoje, foi assessorada por três especialistas no teatro galego: as investigadoras e professoras universitárias Dolores Vilavedra e Inma López Silva e a encenadora Ánxeles Cuña Bóveda. As traduções do Galego para Português foram realizadas por Sofia Lobo e Zé Paredes. O desenho gráfico está a cargo da designer Ana Simões, da empresa FBA.
A publicação do livro, há muito desejada pela Cena Lusófona, conta com o apoio da Direcção-Geral das Artes (no âmbito do programa de apoio a projectos – edição / 2020), da Câmara Municipal de Coimbra, do Ministério da Cultura e Desportos do Governo de Espanha, da Deputación da Corunha, da Deputación de Lugo, da Xunta de Galicia, do Consello da Cultura Galega e da Associação Dramaturga.
Os dois volumes desta Antologia são os décimo e décimo primeiro números da colecção de teatro de língua portuguesa “Cena Lusófona”, que inclui já obras de autoras e autores de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. A inclusão do teatro galego nesta colecção insere-se no reforço dos laços de intercâmbio entre a Galiza e os países da CPLP que a Cena Lusófona vem promovendo, em diversos domínios, há quase duas décadas.
Alinhamento do evento:
I. Intervenções
- Natália Luiza (Teatro Meridional)
- Pedro Rodrigues (Cena Lusófona)
- Inma López Silva escritora (Autora, crítica teatral, professora e investigadora universitária)
- Cándido Pazó (Dramaturgo)
- Américo Rodrigues (Diretor-Geral das Artes - DGArtes)
II. Leitura e conversa com o público
SOBRE OS AUTORES:
INMA LÓPEZ SILVA
Santiago de Compostela, Corunha, 1978.
Escritora e crítica teatral, doutorada em Filologia pela Universidade de Santiago de Compostela e diplomada pelo Institut d’Études Théâtrales (Univ. Paris III — Sorbonne Nouvelle). Professora na Escola Superior de Arte Dramática da Galiza e membro da secção de Género do Consello da Cultura Galega. Membro do conselho de redação da revista Grial, tem várias investigações publicadas sobre estudos teatrais.
Publicou os livros “Un abrente teatral” (2002), “Teatro e canonización” (2004) e “Resistir no escenario. Unha historia institucional do teatro galego” (2015). Traduziu para o galego a obra dramática de Albert Camus e de Jean Genet. É diretora para o Consello da Cultura Galega do projecto online “Dicionario Enciclopédico de Termos Escénicos”. Coordenou, com Dolores Vilavedra, o número especial dedicado ao Teatro Galego da revista “setepalcos”, editada pela Cena Lusófona (2003).
Como escritora de ficção, obteve reconhecimento com as suas novelas, traduzidas em vários idiomas, como “Concubinas” (Prémio Xerais de Novela, 2002), “Non quero ser Doris Day” (2006), “Memoria de cidades sen luz” (Prémio Blanco Amor, 2008; Prémio Arcebispo San Clemente e Prémio da Asociación de Escritores en Lingua Galega) e “Aqueles días en que eramos malas” (2016, Prémio Lousada Diéguez para melhor novela do ano). Escreveu o livro de viagens “New York, New York” (2007) e os ensaios feministas “Maternosofia” (2014) e “Chámame señora, pero trátame coma a un señor” (2018). Em 2020 publicou a sua mais recente novela, “O libro da filla”, e em 2022 publicou o seu primeiro livro de poemas, intitulado “Clepsidras”.
CÁNDIDO PAZÓ
Vigo, Pontevedra, 1960.
Começa a sua atividade como ator em 1975, vinculando-se ao emergente movimento teatral de Vigo e da Galiza e sendo um dos “benjamins” das gerações que surgiram em torno dos primeiros encontros da histórica Mostra de Ribadavia.
Depois de uma primeira fase como ator em diversas companhias e no Centro Dramático Galego (CDG), estreia-se como autor e encenador com “O melro branco” (Prémio Xeración Nós de Teatro Infantil, 1989). A sua escrita está diretamente ligada à produção, pelo que todos os seus textos, quase uma trintena, chegaram ao palco pela mão de diversas companhias, podendo citar-se títulos como “García”, “Binomio de Newton”, “A piragua”, “Nacidas libres”, “Vida de cans” ou “Fillos do Sol”. Ativo também como adaptador, assinou versões teatrais baseadas em célebres obras narrativas como “Memorias dun neno labrego”, na que também é ator, “Cigarreiras”, a partir de “La Tribuna” de Pardo Bazán ou “A Peste”, inspirada no romance de Camus.
Autor e encenador multi-premiado em várias ocasiões nos prémios nacionais de teatro Max e nos autonómicos María Casares, fez parte dos dramaturgos europeus selecionados para participar na Maratona Europeia de Criação Teatral, no âmbito do programa de atividades de Bruxelas, Capital Europeia da Cultura, em 2000, e tem colaborado em diversas iniciativas promovidas pela Cena Lusófona em Portugal, África e Brasil.
No campo da narração oral, para além das suas constantes atuações em locais especializados, participou em numerosos festivais em Espanha, Portugal e América Latina. Dirigiu um seminário anual sobre “a oralidade no ator” na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Instituto Politécnico do Porto (Portugal).
A obra selecionada para esta Antologia — “As do Peixe” — foi distinguida com o Prémio “María Casares” para Melhor Texto Original em 2014.
SOBRE CENA LUSÓFONA:
A Cena Lusófona iniciou as suas atividades em 1995. Cerca de quatro dezenas de pessoas – encenadores, atores, cenógrafos, técnicos, antropólogos e arquitetos de cena – criaram e têm desenvolvido uma organização devotada exclusivamente ao intercâmbio teatral na comunidade lusófona. A sua sede é na cidade portuguesa de Coimbra.
O programa Cena Lusófona articula-se num conjunto diversificado de projetos: formação, coproduções, circulação de espectáculos, infraestruturas teatrais, investigação, dramaturgias, debates e conferências, exposições, edições, programas interdisciplinares, programas institucionais e de cooperação.
A sua atividade editorial é igualmente vasta e diversificada, contemplando a publicação de uma revista especializada, setepalcos, que tem sido até aqui uma montra do que se faz na cooperação teatral entre todos os países da CPLP; a coleção Cena Lusófona, uma coleção de dramaturgia de língua portuguesa que conta já com nove volumes dos autores José Mena Abrantes (Angola), Leite de Vasconcelos (Moçambique), Mia Couto e Natália Luiza (Moçambique e Portugal), Fernando Macedo (S. Tomé e Príncipe), António Aurélio Gonçalves (Cabo Verde), Abel Neves (Portugal), Naum Alves de Souza (Brasil) e Abdulai Sila (Guiné-Bissau).
Mais informação:
www.cenalusofona.pt
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