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era uma vez

com Ana Sofia Paiva

"O começo é uma zona perigosa do discurso: o princípio da palavra é um acto difícil; é a saída do silêncio."

Roland Barthes in, Escritores, Intelectuais, Professores e outros ensaios

 

DATAS: 8 de Março a 19 de Abril

HORÁRIO: 4ª feira das 19h30 às 22h


TOTAL DE HORAS: 17,5h (6 sessões)

PÚBLICO-ALVO: Público em geral, estudantes, professores, bibliotecários, educadores de infância, pais, educadores, irmãos, atores

LOCAL: Polo 2 do Teatro Meridional | Marvila | Largo Luís Dourdil Lote 4, 1º piso (acesso pelas escadas exteriores)


VALOR: 90€

INSCRIÇÃO 
• Preencher o formulário de inscrição, no link: http://bit.ly/3YmWEtc
• Caso as inscrições ultrapassem o número máximo de participantes, serão sujeitas a um processo de seleção prévia.
• Caso não seja atingido o número mínimo de participantes, a formação não se realizará.

 

APRESENTAÇÃO

No princípio era o silêncio: o lugar de uma fala por habitar. O ofício de contar histórias ensina, entre muitas outras magias, o poder da síntese — o que dizer, quando calar, como revelar. As próprias histórias populares funcionam como manuais de silêncio para o artesanato da espera sem a qual a palavra não poderá cumprir-se. Nesta oficina procuraremos compreender a narração oral pelo avesso da fala, nos interstícios da comunicação e da linguagem, experimentando a nossa relação com o silêncio na procura de uma presença humana que escuta como quem fala, que fala como quem escuta.

Em muitos lugares de encontro, entre pais e filhos, no jardim de infância, na escola em atividades curriculares e extracurriculares, na biblioteca e entre amigos, emerge uma necessidade crescente de narração oral, de escuta partilhada da voz humana em que várias pessoas contam histórias, adotando-se ora o discurso narrativo, ora o direto, estabelecendo-se vários registos e esbatendo-se fronteiras entre o contador e público. Estes encontros têm reinventado o “contador de histórias”, figura poética que manifesta um dos requisitos sociais fundadores das comunidades: a capacidade de partilhar experiências. O ato de contar adquire um carácter de inovação permanente: ao contador assiste a necessidade não apenas de apropriar-se, mas de recriar. Os contadores das histórias do mundo são agentes de mudança; uma mudança de posicionamento em relação a si mesmos e ao todo.

 

OBJETIVOS

• Responder a um interesse crescente de se experienciar contar contos.
• Perceber a importância da prática de ouvir, contar e habitar o conto que se conta.
• Analisar a importância de recriação das histórias.
• Constatar a transformação que ocorre em cada um no processo da escuta.
• Definir quais as condições necessárias para que os lugares se transformem num lugar de contar contos.

 

ANA SOFIA PAIVA

Ana Sofia Paiva é atriz, aprendiz e outras coisas. Dedica-se desde 2008 à narração e investigação de contos de tradição oral, dentro e fora de Portugal. Passou por diversos encontros de narração oral por toda a Europa, Irão, Cabo Verde, Canárias, América do Sul e EUA, contando em português, inglês, francês e espanhol. É formada em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema (2001) e pós-graduada em Promoção e Mediação da Leitura pela Universidade do Algarve (2012). Trabalha como atriz, contadora de histórias e investigadora de contos populares de tradição oral, sendo membro do Instituto de Estudos de Literatura e Tradições (FCSH-UNL), do Centro de Estudos Ataíde Oliveira (FCHS-UAlg) e da cooperativa Memória Imaterial. Entre a oralidade e a escrita, dedica-se desde cedo à poesia como ofício de culto. "Serpe - As três águas do encanto" (2018) é o seu primeiro livro publicado.

 

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